quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acompanhar é preciso

Dias atrás, ouvia um empresário queixar-se de uma situação que deixaria qualquer pessoa apreensiva: ele investiu dois anos na preparação de uma equipe (gerente e dois supervisores) para dirigirem a filial de sua empresa num outro município e quando tais funcionários chegaram à performance necessária, simplesmente foram embora e montaram uma empresa concorrente. E o pior, levaram consigo os melhores vendedores da equipe.
Ao lerem esta história, muitos devem estar pensando: “É por isto que eu não invisto em meus funcionários. A gente leva um tempão para prepará-los e depois deixam a gente na mão”. Cuidado com este raciocínio inicial, pois a maior punição para um empresário é permanecer com colaboradores despreparados e que pouco contribuem com o lugar onde trabalham. Um motivo que, aliás, explica o fechamento de muitas empresas pelo país.
Todavia, desenvolver as pessoas e não acompanhá-las de perto também é um risco que se deve evitar. Neste caso específico os profissionais decidiram montar o próprio negócio com a ajuda de um investidor financeiro que lhes seduziu por meio de uma proposta atraente, mas muitas vezes as pessoas saem porque acreditam não terem seus esforços reconhecidos e qualquer oferta é suficiente para que aceitem mudar de empresa. Por conseguinte, pense em como atrair as pessoas e desenvolvê-las, mas também em como reter aqueles que oferecem uma contribuição real à sua organização.
Quando se trata de profissionais fora de série, o custo de contratar um outro que venha a ocupar o mesmo cargo é muito maior do que dar um aumento de salário ou oferecer a atenção necessária para aquele que já está fazendo o seu trabalho direito. É claro que ninguém é insubstituível, mas alguns cargos exigem mais do que experiência ou capacidade profissional e tais requisitos são conquistados apenas com o passar do tempo, como é o caso da confiança pessoal.
Sendo assim, procure acompanhar de perto os seus principais colaboradores a fim de não levar sustos de última hora e trate de ter um sucessor em vista para cada um dos cargos mais importantes, isto é, vá preparando alguém que possa fazer o mesmo trabalho se determinada pessoa não permanecer na empresa.
Para os gestores que atuam na área operacional, muitos problemas podem ser evitados ao se promover o rodízio de atividades entre os colaboradores de determinado setor com o objetivo de que todos dominem as funções da área. Assim, quando alguém precisa sair de férias ou é desligado, o trabalho continua a fluir sem conseqüências destacáveis.
Se você é o profissional fora de série em questão e pretende desligar-se da empresa onde trabalha, tome três atitudes importantíssimas:
  1. informe a empresa com o máximo de antecedência para não prejudicar os projetos em andamento,
  2. transmita seus conhecimentos e habilidades para a pessoa que ocupará o seu cargo, e
  3. “deixe as portas abertas”.
O mundo dá muitas voltas e um bom relacionamento com o antigo empregador poderá ajudá-lo a receber indicações para oportunidades futuras, por exemplo.
Ah, o empresário da história acima já conseguiu contratar um novo gestor para a filial, mas teve que se mudar temporariamente para o outro município a fim de salvar o seu negócio. É que o gerente recém-contratado veio de um segmento de mercado diferente e, além disto, tem encontrado dificuldades para contratar supervisores com experiência na área.
Algumas perdas realmente fazem estragos. É melhor evitá-las acompanhando as pessoas numa distância em que seja possível tomar providências rápidas e sanatórias.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ESTRATEGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS

O que é estrategias competivas genéricas?

Muito se falar no mercado no termo ESTRATÉGIA, porém muitos executivos e empresarios não sabem para quer significa e quais seus beneficios usados de forma eficaz.

Para Porter (2007) estratégias competitivas genéricas é como ações ofensivas e defensivas de uma empresa, e pode ser dividido em 3 etapas: custo, diferenciação e enfoque.

Estratégia Competitiva nos Custos :ao buscar uma redução nos custos a empresa pode dar ao consumidor um produto mais acessível e que possuirá os mesmos benefícios, principalmente quando estes custos reduzidos encontram-se na produção dos produtos, desde a matéria prima até mesmo no treinamento de funcionários e que evitam paradas inoportunas na produção, produtos com defeitos e de baixa qualidade.

Estratégia competitiva de diferenciação: com investimentos mais fortes em pontos como a imagem da empresa, qualidade de atendimento, qualidade no produto etc, percebe-se que o mais importante é ofertar um produto que tenha um destaque muito maior do que a concorrência, investindo em Pesquisa e Desenvolvimento e permitindo que seja percebido um Valor muito maior do que as demais empresas do mercado para o consumidor.

Estratégia competitiva de foco: ao direcionar suas ações no mercado, uma empresa determina um rumo a ser seguido, objetivando atender a Segmentos ou nichos muito específicos, com um alto Valor para o consumidor.
Toda e qualquer estratégia possui pontos positivos e riscos atrelados a sua aplicação, para que tudo tenha um desempenho aceitável é necessário que o profissional de Marketing saiba corretamente qual é o objetivo da organização no mercado, quais as ações da concorrência e que produto ofertar ao consumidor.

A adoção de qualquer estratégia competitiva tem seus riscos e suas armadilhas. Na estratégia de custos, as principais são: a excessiva importância que se dá à fabricação; a possibilidade de acabar com qualquer chance de diferenciação; a dificuldade de se estabelecer um critério de controle de custos; e que apareça um novo concorrente com nova tecnologia, novo processo e abocanhe parcela significativa de mercado ou o mercado passe a valorizar o produto por critérios diferentes. Na estratégia de diferenciação, as principais armadilhas são representadas pela diferenciação excessiva, pelo preço muito elevado, por um enfoque exagerado no produto e pela possibilidade de ignorar os critérios de sinalização. Na estratégia de foco o risco é de o segmento escolhido não propiciar massa crítica que permita à empresa operar.

domingo, 22 de agosto de 2010

A ANALISE SWOT COMO FERRAMENTA DE GESTAO ESTRATEGICA


O mercado está cada vez mais concorrido, já que as empresas vêm investindo na qualificação dos profissionais, em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia para empregar os recursos em busca de melhores resultados. Além disso, por conta das oscilações econômicas que acabam por influenciar a realização de planos e cumprimento de metas, concluímos que o mundo dos negócios está instável. Por essas razões, torna-se imprescindível encontrar alternativas estratégicas para alcançar soluções satisfatórias e viáveis, que tragam resultados a curto, médio e longo prazo. Mas de que forma trabalhar para conseguir esses objetivos? Será que a busca por informações estratégicas e seu processamento de forma inteligente pode ser uma boa saída?
Uma ferramenta de gestão empresarial bastante utilizada é a Análise SWOT, que consiste no estudo do cenário externo e da realidade interna de uma organização. Esse tipo de medida é de fundamental importância para se iniciar um projeto importante e, principalmente, para criar ações estratégicas em momentos de incerteza, porque nos permite conhecer os fatores favoráveis e desfavoráveis que o mercado apresenta, além de situar a organização dentro do seu real contexto. É preciso tomar decisões com qualidade e colocar em prática as boas idéias, no entanto, tudo deve ser feito com cautela e com a estratégia adequada. Falo isso porque é muito comum encontrarmos casos de empresas com produtos e serviços inovadores, mas que acabam pecando nas estratégias de atuação frente ao mercado em que atuam.
O termo SWOT é uma sigla em inglês, que representa um acrônimo de Forças (Strenghts), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune sobre as 500 maiores corporações.
A Análise SWOT é um sistema simples que tem por objetivo verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A análise se divide em Ambiente Interno, composto pelos itens Forças e Fraquezas; e Externo, relacionado às Oportunidades e Ameaças. A parir dessa divisão é possível estabelecer aquilo que é de responsabilidade da empresa, e o que é uma antecipação do futuro, ou seja, o que se pode traçar a respeito de possibilidades positivas ou negativas do macro ambiente econômico.
Depois de fazer o levantamento de dados é chegada a hora de cruzar as informações, para que, dessa maneira, seja possível encontrar alternativas para a sua operação de negócios. Combinando fatores externos e internos você terá a chance de saber como suas forças podem servir como impulso para aproveitar as oportunidades já existentes no mercado, ou, ainda, saber como deve se reposicionar em relação às fraquezas para não sofrer as conseqüências das ameaças encontradas.
Há mais de três mil anos, Sun Tzu, considerado um dos maiores estrategistas militares de todos os tempos e autor do livro “A Arte da Guerra” já dizia: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”.
Essa ferramenta pode ajudar você na avaliação de empresas, projetos, produtos, serviços e equipes. Para isso, faça as seguintes perguntas para cada item:

Pontos Fortes

O que você, sua empresa e equipe fazem bem?
Que recursos especiais você possui e pode aproveitar?
Quais os seus diferenciais?
O que a concorrência,a equipe,os clientes e os fornecedores acham que você faz bem?

Pontos Fracos

No que você precisa ficar atento?
O que precisa melhorar?
Onde deve se blindar?
Onde possui menos recursos que os demais?
Quais são suas fraquezas identificadas pelos outros?

Ameaças

Que ameaças (leis, regulamentos, concorrentes) podem lhe prejudicar?
Qual o ponto forte do seu concorrente que pode ser uma ameaça para você?
Quais as estratégias e diferenciais dos seus concorrentes?

Oportunidades

Quais são as oportunidades externas que você pode identificar?
O que seu cliente deseja e precisa que pode servir como oportunidade de negócio?
Como agregar valor ao seu produto e ao seu serviço?
Que tendências você pode aproveitar ao seu favor?
Após responder essas perguntas, crie planos de ações estratégicos e alcance melhores resultados.

O QUE É GESTAO A ESTRATEGICA

Há uma grande diferença entre Gestão Estratégica e Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Já a Gestão Estratégica é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de mudanças estratégicas e acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Como o próprio nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas.

Dentro da Gestão Estratégica existem vários passos. Inicialmente é realizado um Diagnóstico Estratégico, onde são realizados os levantamentos das situações atuais da empresa, buscando assim avaliar a existência e a adequação das estratégias vigentes dentro da instituição, bem como se estão oferecendo os resultados esperados. Dentro do Diagnóstico Estratégico, são levantadas informações como a competitividade da empresa, o portifólio de produtos, ações de mudanças, vulnerabilidade às ameaças existentes, quantidade de recursos estratégicos disponíveis e projetos futuros.

Em seguida é realizada uma verificação sobre a Prontidão Estratégica, ou seja, o envolvimento e disponibilidade da direção da empresa em relação ao futuro, as ações tomadas pela alta administração para solucionarem eventuais “janelas” estratégicas, a atenção às mudanças que podem afetar de forma positiva ou negativa, obstáculos institucionais, estatuários, culturais, a existência de perfeita comunicação interna, a existência de sistema de reconhecimento de equipe, que venham de encontro com a Missão, Visão e Valores da empresa, etc.

Posteriormente inicia-se o processo de seleção das prioridades em função da gravidade dos problemas encontrados dentro da organização e assim é estabelecida uma seqüência lógica para a implementação das ações, com foco nos mais importantes em primeiro plano. Tal ação é conhecida como Direcionamento Estratégico, ou seja, é o momento que se define o direcionamento que a instituição precisa seguir para sobreviver ou se sobressair em determinado cenário.

Como o conceito de estratégia relaciona-se diretamente com visão de futuro, uma empresa precisa ter sua visão focada no futuro. Deve então, manter a Vigilância Estratégica, ou seja, deve observar, acompanhar, questionar, vasculhar o horizonte, no tempo, no espaço, à procura de possíveis riscos e oportunidades que possam exigir, oportunamente, ações antecipadas e respostas estratégicas ou contramedidas da organização.

Enfim, para uma empresa atuar com uma Gestão Estratégica precisa apurar todos seus processos e sua real situação e desenvolver ações corretivas constantes, focando seus objetivos e metas e desenvolvendo suas estratégias de forma a manter sua sobrevivência, crescimento e diferenciação competitiva.

Fonte: www.administradores.com.br